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sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Caos versus confusão organizada

Este frio nunca mais acaba, mas também faz falta eu sei. O problema é que eu estive um ano a viver no Verão, e se um mezinho ou dois de frio até sabiam bem, três já começam a ser impossíveis de aguentar.
Ando a praticar um novo desporto que se chama transitar de mota entre as filas de trânsito da 2ª Circular e da A1, nada que se compare ao avanço em centímetros pela estrada da Samba, ou ao corta-mato pela praia da Corimba (na ida e na volta) com direito a pôr-do-sol e tudo.
Num desses meus corta-matos pela praia atropelei um miúdo (bom não foi bem atropelar, foi mais mandar ao chão) tão rápido que ele caiu, tão rápido que ele se levantou a fugir com os amigos (era um grupo de amigos que caminhava pela praia, eu ia devagar e apitei a avisar, todos fugiram para a esquerda e um deles fugiu para a direita, coitado levou um toquezinho mas sem makas). Quando eu me preparava para sair, um grupo de rapazes mais velhos cercou-me o carro e começou a fazer gestos pouco amigáveis (para não dizer pior), nessa altura engrenei a mudança e sai dali a apitar para que me saíssem da frente, não foi nada demais mas deu para assustar.
Na 2ª circular ou na A1 não há barcos para contornar, não há motivos para parar o carro só porque os pescadores estão a puxar as redes, não há noites em que somos obrigados a esperar que as ondas do mar recolham para que possamos passar ao terreno mais seco à frente, de modo a não sermos levados, em conjunto com o jipe, para o meio da baía. Nas avenidas de Lisboa não há Toyotas Hiace cheias de gente, enterradas até às portas na areia; não há carrinhos pequeninos, daqueles que servem em Portugal para estacionar em lugares minúsculos, que de tão leves que são voam sobre as dunas. Mas há pessoas que ficam irritadas porque os das motas (como eu) transitam entre os espaços que eles deixam nas filas longas (mas não tão longas quanto as de Angola), há também carros que não deixam os peões andar nos passeios (é parecido com o contornar dos barcos na Corimba) e por fim, há um rol de condutores que não conhece o conceito de passadeira (uma espécie de paragem obrigatória quando os pescadores puxam as redes).
Mas desculpem lá, apesar desta toada saudosista, não deixo as filinhas daqui pelo caos de lá.

2 comentários:

Anónimo disse...

ao menos este lugar L-Luanda, tem algo q o outro lugar L-Lisboa nao tem:
Moneyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyy!
é tao facil criticar!!!!!!!!!!!!!!!
aconselhava a todos os pulas q quiserem passar uns tempos no lugar L-Luanda, viessem com menos espirito critico pelo amor do santo e deixem-se de m@§€s!

The Mask disse...

Desculpa mas como podes ver eu faço tudo menos criticar. Apenas descrevo o que vi. Ao longo deste blog vês que eu mudo os meus sentimentos face a Luanda. E como podes ler muitos dos meus textos têm muita saudade e olha que não é por causa do dinheiro mas por causa das pessoas e dos ambientes (todos: bons ou maus).
Ya?